Ao tempo entoo o meu canto de dor e mágoa...
Deixei que o tempo seguisse o seu curso, sereno e imperturbável, como se de um rio se tratasse. A ele dirigi a dor que em mim trago, na ânsia de ao abandoná-la, ela me votasse também ao abandono.
Construí altares sagrados e confessei a quem nunca me ouviu o cativeiro da dor em que me encerrei. Em confissão segredei ao tempo rosários de dor e mágoa que a mais ninguém ousei proferir, a fim de atingir a remissão da dor que sempre professei.
Incendiei coliseus onde sacrifiquei os rostos desconhecidos que concedi ao sofrimento, na tentativa de evitar o seu ressurgir em todos os fogos fátuos que fiz surgir.
Devolvi ao passado a dor que por astrolábios e rosas-dos-ventos encontra presente em mim.
Perdi-me nos caminhos rasgados por onde o tempo passa e nos arredondamentos das horas acolhi aquela, que em constante devir, nunca de mim passou.
Construí altares sagrados e confessei a quem nunca me ouviu o cativeiro da dor em que me encerrei. Em confissão segredei ao tempo rosários de dor e mágoa que a mais ninguém ousei proferir, a fim de atingir a remissão da dor que sempre professei.
Incendiei coliseus onde sacrifiquei os rostos desconhecidos que concedi ao sofrimento, na tentativa de evitar o seu ressurgir em todos os fogos fátuos que fiz surgir.
Devolvi ao passado a dor que por astrolábios e rosas-dos-ventos encontra presente em mim.
Perdi-me nos caminhos rasgados por onde o tempo passa e nos arredondamentos das horas acolhi aquela, que em constante devir, nunca de mim passou.