Sonetos de tudo aquilo que sou...
"Eu sou o solitário e nunca minto.
Rasguei toda a verdade tira a tira.
E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sinto
Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu- coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaço
E tenho de cumprir o meu impulso,
Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulso
Despedaçou a forma do meu braço
Pr'além do nó da angústia mais convulso."
S. Andresen
Este é o soneto de Ser, o encontro das palavras com tudo aquilo que não sei se sou. Pois tudo o que sou, não é mais do que a multiplicidade de Ser. Eu não o caminho, eu não sou a verdade, eu não sou a vida, e tu dir-me-ás o que sou para ti?
Eu serei tudo aquilo que sou para todos aqueles que me levam guardado em si.
Rasguei toda a verdade tira a tira.
E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sinto
Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu- coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaço
E tenho de cumprir o meu impulso,
Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulso
Despedaçou a forma do meu braço
Pr'além do nó da angústia mais convulso."
S. Andresen
Este é o soneto de Ser, o encontro das palavras com tudo aquilo que não sei se sou. Pois tudo o que sou, não é mais do que a multiplicidade de Ser. Eu não o caminho, eu não sou a verdade, eu não sou a vida, e tu dir-me-ás o que sou para ti?
Eu serei tudo aquilo que sou para todos aqueles que me levam guardado em si.