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Friday, January 07, 2005 

Porque nada mais haverá para dizer...

"A um ausente
Tenho razão de sentir saudade, tenho razão de te acusar. Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora. Detonaste o pacto. Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo sem consulta sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair. Antecipaste a hora. Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o acto sem continuação, o acto em si, o acto que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste."
Carlos Drummond de Andrade

E nada mais tenho para dizer... apenas e só a perda que se consumou no encontro da vida com as horas.

Às vezes, a saudade deixa-se demolir em perdas constantes, às quais nem a lei da amizade pode responder e justificar.

Quando damos por nós, nem a natureza e os direitos de indagar, nos respondem...
E vamo-nos consumindo. Assim.

Um beijo*

Para não esquecer ninguém prefiro guardar em mim todos aqueles que me recuso a esquecer.

obrigado pela visita ambos
Guida e divinoedivina

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