Aconteces em mim...
Deixei que tomasses o teu lugar em mim, aquele que tantas vezes me neguei. Aquele que tantas vezes te neguei. Foram tantas as que por mim passaram, foram tantas as que por mim quis que ficassem. Mas apenas tu aconteceste em mim. Apenas tu que apagaste presenças do passado e que me lês silenciosamente nesta sucessão de palavras desavindas.
Aconteceste em mim. Deste nome a todas as minhas palavras e conquistas-me sempre que me olhas nos olhos e me pedes um beijo. E nesse momento aconteces em mim, porque sei que sou teu e tu também me pertences neste jogo de bocas que se encontram. Aconteces em mim sempre que nomeias cada um dos meus silêncios, porque podes ser tu. Ou não. Mas para quê falar de futuros se é o presente que temos em mãos? E neste presente trago-te em mim, aconchego-te no meu peito e procuro a tua boca para te segredar que cada vez mais aconteces em mim.
Às vezes basta sentir o respirar entre lábios para que se sinta a existência...
:)
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Eli |
12:17 am
...e depois do beijo? Fica o sabor?
Carlota
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Abelhinha |
2:11 pm
lindo o texto...
por coincidência, também escrevi sobre beijos.
apareça!
abraço
edu
(coisasdagaveta.blogspot.com)
ps: estou com a música que me pediu, preciso te mandar...
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Eduardo Baszczyn |
1:14 am
Lindo...adorei este texto. Sensivel, sentido
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Titá |
12:01 am
Olá, desculpa a invasão, mas não pude deixar de ler...é bom quando alguém acontece em nós.
Um beijinho
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Miriam5 |
9:22 pm
Porque será que levamos uma vida inteira a passar por multidões de corpos com rosto e só uma se encaixa perfeitamente no ontem, no hoje e no amanha?
...E quando isso acontece tudo o que importa é o agora! Viver intensamente cada pedaço de momento, pintando imagens de eternas ternuras e jogos de paixão.
As tuas palavras fizeram-me lembrar alguem que um dia bateu em mim como uma onda do mar, encaixando-se em todas as conchas que encontrei e colares que construi...como se sempre estivesse estado aqui na praia que me viu crescer, menina e mulher...
Não me atrevo a perguntas, quando os seus olhos me dão todas as respostas...
Umas petalas de mim, obrigada por partilhares estas lindas e simples... palavras.
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Maria Papoila |
6:46 pm
Orfeu me trouxe até à cinza das horas...um lugar silencioso mas que segreda o que existe no seu interior, algo duradouro e supremo que nem o fogo nem o tempo conseguirá eliminar. Adorei este espaço, mui grata pela partilha. Um até breve***
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Anonymous |
2:30 pm
Desenhas um presente bem bonito... daqueles que não se procura... acontece!!!:)
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Simplicitas |
11:44 pm