Ao vento...
"Ó vento de onde vens
Que vais assim desabrido?
Invejo a sorte que tens
De fugir sem ser seguido
Eu estou pior ó vento
Pois se me quero evadir,
Vai comigo o pensamento
Que me acusa de fugir,
E não há um só lugar
Onde me possa isolar."
A.Monteiro
Interpelo o vento. Endereço-lhe as minhas palavras. O vento passa por mim e leva consigo o que lhe entreguei. As palavras que proferi e que tornei minhas deixaram de o ser. Porque todas as palavras pertencem ao vento. Todas as palavras são levadas por ele... todas as palavras retornam à inconstância do vento.
Este é o vento que não se revela. Este é o vento que me revela. Este é o vento que por mim passou. Uno, inconstante e revolto. Esta é a sua natureza.
E tu vento, o que tens para me dizer?
Que vais assim desabrido?
Invejo a sorte que tens
De fugir sem ser seguido
Eu estou pior ó vento
Pois se me quero evadir,
Vai comigo o pensamento
Que me acusa de fugir,
E não há um só lugar
Onde me possa isolar."
A.Monteiro
Interpelo o vento. Endereço-lhe as minhas palavras. O vento passa por mim e leva consigo o que lhe entreguei. As palavras que proferi e que tornei minhas deixaram de o ser. Porque todas as palavras pertencem ao vento. Todas as palavras são levadas por ele... todas as palavras retornam à inconstância do vento.
Este é o vento que não se revela. Este é o vento que me revela. Este é o vento que por mim passou. Uno, inconstante e revolto. Esta é a sua natureza.
E tu vento, o que tens para me dizer?