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Tuesday, August 10, 2004 

O jardim das paixões extintas...

Erro pelas ruas sem destino. Antes apenas conhecia as alamedas de despedidas que construí no quarto. Agora percorro outros caminhos. Caminhos desconhecidos mas que não me atormentam como me atormentavam aqueles que via da minha janela e os que eu próprio imaginava.
Sigo os caminhos traçados e encontro um jardim totalmente diferente dos jardins que eu houvera visto e imaginara. Ao contrário dos outros jardins este estava fechado.
Abro o portão e entro. Curiosamente neste jardim não vejo ninguém. Percorro o jardim e as todas as árvores estavam nuas. As folhas caíram como lágrimas após o baile do vento.
Sinto o cansaço invadir-me e procuro um banco para descansar. Perto dum canteiro de amores-(im)perfeitos encontro o que procuro.Estranhamente todos os bancos foram feitos apenas para uma pessoa.
Olho à volta e o meu olhar encontra uma fonte...ergo-me e caminho até lá. Era uma fonte dos desejos, no entanto estava seca e abandonada. Parece que já ninguém acredita em desejos realizados desta forma.
Dirijo os meus passos para a saída...enquanto isso questiono-me porque razão este jardim permanece sem nome. Passo a passo continuo a encaminhar-me até ao portão. Finalmente atribuo um nome ao jardim...fecho o portão. Tudo fica da mesma forma como quando entrei no jardim. Apenas uma coisa mudou, agora tem um nome.

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