No ocaso todas as respostas são indulgentes...
Todos os passos se encontram traduzidos em deambulações vãs. Ruas labirínticas , construções de Dédalo onde se cruzam existências vazias e multiplicam encontros casuais.
Toma-me a pretensão da evasão, mas temo que tal como Ícaro, as minhas asas sejam de cera. Temo que a ilusão da liberdade me faça aproximar demasiado do sol e a cera derreta. Inquieta-me que a fragilidade das ilusões seja desnudada.
Retomo a minha peregrinação interior nas horas que por mim passam. Sempre o eterno retorno ao tempo, a perene subjugação ao mestre das horas desiguais. Desta vez não procuro sentir tudo de todas as maneiras, procuro somente sentir-me. De todas as maneiras.
Persigo-me por todos os lugares em que vagueio. A inelutável passagem do tempo vem anunciar o aproximar da noite. Busco-me em ruelas que me conduzem ao velho moínho votado ao abandono. Dirijo os meus passos até ele. É o velho moínho que marca a fusão do ocaso com a aparição da noite. Nas paredes brancas que constroem a sua solitária presença, vejo reflectida a despedida do dia em laivos que pressagiam a chegada daquela que sempre vem.
A noite cumpre uma vez mais o seu fado e encobre o céu com o seu manto negro. Apenas a lua derrama a sua luz. Agora que anoiteceu posso ousar voar mais alto.
Finalmente invado o reduto da noite em busca de respostas. Oiço um ruído estranho semelhante a passos suaves que se aproximam, volto-me e vejo um gato preto que se encaminha altivamente para o muro que delimita o moínho. A minha presença não o perturba, dirige-se ao muro onde se senta e comtempla a lua. O que procura na lua um ser provido apenas de instintos gerais?
Invejo a sua serena quietude que não pode ser minha quando a lua indulgente é a resposta para todas as dúvidas.
Toma-me a pretensão da evasão, mas temo que tal como Ícaro, as minhas asas sejam de cera. Temo que a ilusão da liberdade me faça aproximar demasiado do sol e a cera derreta. Inquieta-me que a fragilidade das ilusões seja desnudada.
Retomo a minha peregrinação interior nas horas que por mim passam. Sempre o eterno retorno ao tempo, a perene subjugação ao mestre das horas desiguais. Desta vez não procuro sentir tudo de todas as maneiras, procuro somente sentir-me. De todas as maneiras.
Persigo-me por todos os lugares em que vagueio. A inelutável passagem do tempo vem anunciar o aproximar da noite. Busco-me em ruelas que me conduzem ao velho moínho votado ao abandono. Dirijo os meus passos até ele. É o velho moínho que marca a fusão do ocaso com a aparição da noite. Nas paredes brancas que constroem a sua solitária presença, vejo reflectida a despedida do dia em laivos que pressagiam a chegada daquela que sempre vem.
A noite cumpre uma vez mais o seu fado e encobre o céu com o seu manto negro. Apenas a lua derrama a sua luz. Agora que anoiteceu posso ousar voar mais alto.
Finalmente invado o reduto da noite em busca de respostas. Oiço um ruído estranho semelhante a passos suaves que se aproximam, volto-me e vejo um gato preto que se encaminha altivamente para o muro que delimita o moínho. A minha presença não o perturba, dirige-se ao muro onde se senta e comtempla a lua. O que procura na lua um ser provido apenas de instintos gerais?
Invejo a sua serena quietude que não pode ser minha quando a lua indulgente é a resposta para todas as dúvidas.
Não se pode ter medo do que se é.
Nascido sonhador , morrerá sonhando…
A Polegar :) ( Escreves muito bem.)
Posted by Mãozinhas | 11:23 am
Não se pode ter medo do que se é.
Nascido sonhador , morrerá sonhando…
A Polegar :)
Posted by Mãozinhas | 11:25 am
LUA, LUA, LUA, LUA..."...BUILD AN ARK, AND SAIL US TO THE MOON..."(RADIOHEAD).
Mindinha;P
pS- Hj só me apetece exteriorizar assim;p
Posted by Mãozinhas | 4:07 pm