"Acordar não é de dentro. Acordar é ter saída..."
A noite renuncia a si própria e dá lugar ao despontar oriental do dia. Cada dia é um mistério que se adensa por cada hora que passa.
Acordo e dirijo-me à janela. Deixo-me envolver pela rotina que se traduz na repetição mecânica e pleonástica de todas as acções e disperso-me na contida vastidão do quarto.
Recordo Jade e as suas inquietantes interrogações, agora também minhas porque a mim as dirigiu. As suas interrogações que afinal também são as minhas. De Jade relembro aquele olhar tão profundo capaz de abrir qualquer porta. Senti-me desprotegido e como tal recuso-me a comungar da sua presença, paradoxalmente, recuso-me a esquecê-la . A solução deste mistério está envolta em brumas de incerteza.
A resposta surgiu, simples e redutora, sob a forma duma carta. Mera articulação de palavras. Nada mais que a junção de fonemas inaudíveis e revestidos das emoções de quem lê, uma vez que todos os diálogos escritos são detentores do conjunto de significações do destinatário. Assuma ele a existência que entender.
A missiva está terminada. Nela divago até pronunciar que gostaria de contemplar o mundo pelo seu olhar. A minha emoção nunca será igual à sua, por isso posso afirmá-lo sem qualquer temor ou reserva. A emoção que depus nas palavras ficará apenas gravada neste instante que foi meu e que retorna ao tempo, o detentor de todos os momentos.
Selada a carta, avoluma-se o mistério de hoje. Aquele que radica em si mesmo e diverge de todos os mistérios passados e futuros.
Abro a porta, vislumbro a saída e endereço a carta ao destinatário. A roda do destino acaba de voltar a girar.
Acordo e dirijo-me à janela. Deixo-me envolver pela rotina que se traduz na repetição mecânica e pleonástica de todas as acções e disperso-me na contida vastidão do quarto.
Recordo Jade e as suas inquietantes interrogações, agora também minhas porque a mim as dirigiu. As suas interrogações que afinal também são as minhas. De Jade relembro aquele olhar tão profundo capaz de abrir qualquer porta. Senti-me desprotegido e como tal recuso-me a comungar da sua presença, paradoxalmente, recuso-me a esquecê-la . A solução deste mistério está envolta em brumas de incerteza.
A resposta surgiu, simples e redutora, sob a forma duma carta. Mera articulação de palavras. Nada mais que a junção de fonemas inaudíveis e revestidos das emoções de quem lê, uma vez que todos os diálogos escritos são detentores do conjunto de significações do destinatário. Assuma ele a existência que entender.
A missiva está terminada. Nela divago até pronunciar que gostaria de contemplar o mundo pelo seu olhar. A minha emoção nunca será igual à sua, por isso posso afirmá-lo sem qualquer temor ou reserva. A emoção que depus nas palavras ficará apenas gravada neste instante que foi meu e que retorna ao tempo, o detentor de todos os momentos.
Selada a carta, avoluma-se o mistério de hoje. Aquele que radica em si mesmo e diverge de todos os mistérios passados e futuros.
Abro a porta, vislumbro a saída e endereço a carta ao destinatário. A roda do destino acaba de voltar a girar.
Visivelmente sentes-te atemorizado com a ideia de te mostrares tal e qual como és: com as tuas fragilidades...Medo disso?Pergunto-me eu...afinal todos somos os donos da roda do destino e todos temos fragilidades...porque não comungármos todas as nossas fragilidades criando um mundo de seres frágeis, que afinal é a nossa Verdade, mas que pelo menos conseguem comungar da transparência da sua essência...?A Jade representa uma parte que deveria estar intrinseca em cada frágil ser...porque ela revela e porque caminha no sentido contrário de uma Roda do destino que é afinal a representação de uma linha de montagem...
Mindinha(ao teu lado;p)
Posted by Mãozinhas | 5:15 pm
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Posted by Walter | 5:24 pm
Aceitarei as minhas fraquezas quando aceitares as tuas! Aí quando tu deres o primeiro passo para o fazer, a roda girará de acordo com a tua vontade!
Depois de aceites as fraquezas, estará em marcha a "linha de montagem", que me remete para uma sucessão interminável de rodas dentadas que giram porque todas as anteriores se revestiram de energia cinética e venceram a inércia! A inércia não é mais do que o escudo para a nossa não-acção! E mesmo assim não sei se a linha de montagem conduzirá à (tua) Verdade!
E agora que sabes como fazer girar a grande roda do teu destino, tem em conta que não jogas apenas com o teu destino, jogarás com o destino de todos aqueles que cruzam a tua existência! Esses são todas as rodas dentadas que girarão porque tu giras!
E agora estás preparada para correr esse risco? Preparada para aceitar esses desafio?
Walter ( escondido atrás da tua estrela sorridente e de óculos arnette)
Posted by Walter | 1:48 pm