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Monday, January 24, 2005 

Sonetos de tudo aquilo que sou...

"Eu sou o solitário e nunca minto.
Rasguei toda a verdade tira a tira.
E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.

De tudo desligado, livre sinto
Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu- coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.

Sou a seta lançada em pleno espaço
E tenho de cumprir o meu impulso,
Sou aquele que venho e logo passo.

E o coração batendo no meu pulso
Despedaçou a forma do meu braço
Pr'além do nó da angústia mais convulso."
S. Andresen

Este é o soneto de Ser, o encontro das palavras com tudo aquilo que não sei se sou. Pois tudo o que sou, não é mais do que a multiplicidade de Ser. Eu não o caminho, eu não sou a verdade, eu não sou a vida, e tu dir-me-ás o que sou para ti?
Eu serei tudo aquilo que sou para todos aqueles que me levam guardado em si.

Respiramos o ser... pelo menos queremos crescer cada vez mais, encontrarmo-nos dentro de outros!

Beijinhos do que sou para o que tu és.
L.

Sempre quis que alguem me encontrasse, sempre me quis encontrar dentro de alguem!mas como o fazer se me anulo na inacçao de todos os momentos!
Walter

Bjs daquilo que sou

e somos alguém?
penso muitas vezes até que ponto a minha não existência, afectaria o mundo em que vivo, à minha volta...
Depois apercebo-me que mesmo desfeita em pó e em nada, tudo continuaria a ser como é- as árvores continuariam a crescer e a morrer e as estações do ano haveriam de fazer o seu ciclo de sempre.
A nossa "missãozinha" é apenas cumprir um impulso qualquer que nos é lançado como flechas, e fazer com que os caminhos não se cruzem em estradas difusas.
obrigada pelas visitas :) **

Beijo*

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Guida não sei se alguma vez somos alguém ou mesmo se alguma vez seremos, talvez eu seja alguém se os outros me tiverem como tal! E mesmo assim o tempo passará...mas desta vez a sua passagem será menos penosa!
***
Walter

E ser tudo aquilo que és para aqueles que te levam guardada já não é tanto?...
bj***

Olha não sei o que és para ti próprio, só sei o que és para mim...e isso transmito-te cada vez que te encontro e lanço um sorriso, cada vez que te abraço... Depois de muito ter sofrido a pensar quem eu sou, concluí que não vale a pena pensar nisso, e que temos apenas que seguir as instruções do nosso Ser para que espontanemente possamos exteriorizar algo indefinido ao qual chamamos eu.

Mindinha

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