Da dança...
Da fusão do preto com o rubro da paixão. Com a mestria do pasó doble ouvi-te chegar com a paixão estampada nos olhos e o desejo tatuado no corpo. E de rubro te aproximas, sensual e envolvente, como se soubesses que sou teu. E eu olho-te nos olhos, altivo e desafiante, como se desconhecesse porque estavas ali.
A melodia escorre em gotas de suor banhando o chão que pisamos. Levantas a cabeça procurando o meu corpo. A minha mão encontra a tua e diminuímos a distância entre nós. Sentes o crescendo da intensidade com que te agarro contra mim? Com que mergulho no teu pescoço e te respiro ao ouvido, para logo em seguida te abandonar? Porque te abandono neste palco a rubi-negro tingido, insinuando-me a ti prostrada a meus pés enquanto te olho nos olhos.
E logo te levanto, trago-te a mim e conduzo-te sensualmente na sucessão rítmica do meu corpo, porque eu não sei estar sem ti. E tu segues-me nesta dança em que te entregas nas minhas mãos. Porque os meus passos são os teus passos e enquanto dois somos um só. O mesmo corpo. A mesma presença. Porque se nos subtraímos aos outros encontramo-nos cada vez mais um no outro.
Conduzo-te em passos largos que apenas tu consegues acompanhar. Somos sujeito e predicado do desejo e pedimos mais um do outro. Crescente intensidade da música que nos embala inebriados como se tudo fosse aqui e agora. É electrizante a tensão entre nós no permanente desafio de quem cai primeiro em tentação e beija o outro. Duas faces cada vez próximas que se reconhecem na geometria do sentir e do desafio.
A música está prestes a terminar, abandono-te no palco enquanto rodopias e eu aproximo-te de ti...sussurro no teu ouvido tudo o que tenho para te dizer e passeio os labios pela tua face. Lentamente com a certeza de quem conhece o destino, deposito na tua boca o beijo que só tu podes receber e retribuir.
A melodia escorre em gotas de suor banhando o chão que pisamos. Levantas a cabeça procurando o meu corpo. A minha mão encontra a tua e diminuímos a distância entre nós. Sentes o crescendo da intensidade com que te agarro contra mim? Com que mergulho no teu pescoço e te respiro ao ouvido, para logo em seguida te abandonar? Porque te abandono neste palco a rubi-negro tingido, insinuando-me a ti prostrada a meus pés enquanto te olho nos olhos.
E logo te levanto, trago-te a mim e conduzo-te sensualmente na sucessão rítmica do meu corpo, porque eu não sei estar sem ti. E tu segues-me nesta dança em que te entregas nas minhas mãos. Porque os meus passos são os teus passos e enquanto dois somos um só. O mesmo corpo. A mesma presença. Porque se nos subtraímos aos outros encontramo-nos cada vez mais um no outro.
Conduzo-te em passos largos que apenas tu consegues acompanhar. Somos sujeito e predicado do desejo e pedimos mais um do outro. Crescente intensidade da música que nos embala inebriados como se tudo fosse aqui e agora. É electrizante a tensão entre nós no permanente desafio de quem cai primeiro em tentação e beija o outro. Duas faces cada vez próximas que se reconhecem na geometria do sentir e do desafio.
A música está prestes a terminar, abandono-te no palco enquanto rodopias e eu aproximo-te de ti...sussurro no teu ouvido tudo o que tenho para te dizer e passeio os labios pela tua face. Lentamente com a certeza de quem conhece o destino, deposito na tua boca o beijo que só tu podes receber e retribuir.
aterrei sem querer aqui no teu blog,e deixa que te diga que está muito bom,há palavras que soam ´tão irreais na boca de um homem...mas tu escreves com sentimento. parabéns.bjinho e felicidades.
Posted by
dark_angel |
6:00 pm
Às vezes somos influenciados por outros, mas, na verdade, nós só nos deixamos conduzir, deixamos que nos conduzam o coração, com numa dança... a sensualidade, acaba por ser com uma dança! Isso mesmo!!!
:)
Posted by
Eli |
6:12 pm
ótima dança.
.
.
.
abraço
edu
coisasdagaveta.blogspot.com
Posted by
Eduardo Baszczyn |
7:05 pm
Já algum tempo que não visitava o teu cantinho, e continua tudo na mesma: maravilhoso como antes. As tuas palavras fazem-me viajar e fazem-me sentir realmente o que escreves. Obrigado pelas pequenas viagens que me permites ter.
Posted by
Blogger |
9:46 pm
bem, depois de uma grande ausência, prometo que estou de volta...já tinha saudades de passar um bom bocado a ler os teus post´s. Encontrei um novo entendimento nas tuas palavras, a tua escrita está mais sentida, e mais visual também...Fernado Pessoa disse que ler é sonhar pela mão de outrem, contigo esta frase ganha uma novo sentido para mim...de facto, tu conduzes-me a esse teu universo de intimidade e beleza mágica...
(u know, i always be here...)
p****
Posted by
JoaquimGilVaz |
1:15 am
Lindo...se nos conseguirmos abstrair da realidade enquanto dançamos contigo, quase que conseguimos sentir o teu pase doble, os teus sussurros e a ua intensidade corporal....A tua escrita está cada vez envolvente...Continua, que kero te ver a escrever assim no nosso blog ;)
Anelar
Posted by
Mãozinhas |
2:32 pm
Tu defacto tens o dom da palavra..já te disse e repito...o texto está tao bom q quase consigo imaginar a dança :)
abraços do iogurte....de marca!
:)
Posted by
Danone |
3:22 pm
que a dança nunca te abandone que seja ela a impulsionadora de muitas aventuras, de muitos sorrios, de muitas aproximações.. Grande abraço Pedro
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Blogger |
6:52 pm
Saudades de vir aqui.
Beijo, BShell
Posted by
BlueShell |
11:01 pm
Como alguém disse antes... É mágico. Deambulas por entre as palavras como se dançasses e encantas quem observa, quem sente o q tu sentes nas tuas palavras. Magnífico! Parabéns.
Espero q não te importas q eu adicione o teu blog aos meus links... Beijinhos
Posted by
S. |
12:30 pm
Andei perdida... Como gosto de andar sempre. Hoje voltei cá... Por acaso.
Não sabes, nem sonhas, nem poderias ter noçao [senao não seria perfeita a poesia] da forma como tocas as pessoas...
Não me deixo embalar, não faço dos teus sonhos os meus, mas tenho de ir contra mim para o fazer... Esqueço esta minha vontade, infantil, de encontrar alguem assim...
Um beijo*
Posted by
Patrícia Mota |
5:31 pm
Como é bom dançar com as tuas palavras ;)
***
Polegar
Posted by
Mãozinhas |
6:36 pm
consigo vislumbrar a temperatura das cores... é tão bom... *
Posted by
rita |
9:23 pm
Mas que belo! Também dancei este bailado. Obrigada
beijocas
Carlota
Posted by
Abelhinha |
6:37 pm
Danças com as palavras... fazes delas acutilantes instrumentos do sentir e isso é sentido pelos outros, eu sinto-o, gosto do que escreves e particularmente da forma como o escreves.
Fidelizaste-me com o teu blog, voltarei... Fica bem. Abraço.
Posted by
EROS |
12:55 pm