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Wednesday, August 24, 2005 

Do sorriso...

No início havia sorrisos dispersos. Entre tantas formas de existir escolhias a mais cobarde e a mais ingénua. A mais feroz e a mais indefesa. Apenas sorrisos.
Tu sorrias e eu procurava refúgio em câmaras recônditas onde o teu sorriso não podia alcançar, porque eu fechava os olhos e mutilava os meus sentidos para não te ver chegar, enquanto pairavas etérea e envolvente sobre mim, como se o livre arbítrio fosse teu e o guardasses em elipses concêntricas de certezas. Defendia-me da tua presença e enredava-me cada vez mais nessa tua rede omnipresente. Nessa tua rede sem tréguas que prende e me deixa livre para me afastar, na certeza de que apenas existe o regresso qualquer que seja o caminho.
Tu sorrias nesta luta desigual e eu, vencido, acabava por te sorrir. Depois dizias que tinha um sorriso bonito e assim me desarmavas sem resistências. Sempre foste pródiga em me fazer acreditar em ti.
Amarravas-me e amordaçavas-me com o teu sorriso. Vendavas-me a razão quando dizias que o meu sorriso é como o silêncio. Sempre foi como o silêncio. E logo eu que me inundava de questões te perguntava o porquê. Tu respondias que também o meu sorriso não existia sozinho e que tal como o silêncio precisava de ser ouvido.
Depois viravas as costas e partias! Eu permanecia de olhos fechados, ouvia os teus passos misturarem-se com o esquecimento e, mesmo assim, sabia que estarias a sorrir.

A tua sensibilidade, agora, deixou-me sem palavras... Fantástico. Lindo. Lúcido e impregnadi de sonho, magia e linguagem intuitiva... Fabuloso.

Um abraço

Ricardo.

As tuas elipses, os teus silêncios, as tuas partidas de chegadas... Onde vais buscar tamanha facilidade em conciliar tantos conceitos, misturados com afectos e sentimentos, não sei. Só sei que não deves parar nunca!
Os jogos e as palavras escondidas nos campos do amor muito bem deslindradas por ti...
Continua a brindar-nos com a tua vontade de estar e de viver!!!!

Abraço. Martim.

bem, está lindo mesmo. adorei.
os sorrisos são muito, muito importantes, e nós só percebemos isso depois deles nos tocarem a alma.
beijos

Adorei este teu texto...Transmites sensibilidade..ternura...

Beijinho, volto para te "ler" com + calma :)

Linda a forma como descreves esses momentos.
Feliz de quem é descrita assim :)

Também fiz questão de deixar arder o tempo. Com um sorriso.
Beijo,
Miriam

Olá!!!
Hoje decidi conhecer novos blogues...e aqui cheguei!!
Adorei conhecer este teu espaço, muito bonito!!
Regressarei!!!!
Até **

Gosto de te ler...
Os teus textos são bonitos.
Sem fim... sem inicio... apenas são.

Um sorriso...de alegria, pecado...somos fracos, fortes. Desprotegidos de nós próprios ficamos à mercê do sofrimento. Apenas por um sorriso...somos querendo ou não, desejados ou não… de alguém.
Um abraço

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