E subitamente as palavras seriam reais...
Como seria se as palavras tivessem uma mesma raiz, uma mesma existência física? Como seria se as palavras, outrora inertes, ressurgissem em moldes de gesso? Todas as palavras numa colecção infinda de nomes, adjectivos e conjugações verbais que teimam em cair no esquecimento. Assim seriam reais as palavras que não ouso proferir, as palavras que se perdem na esfera dos silêncios, a mais perfeita forma da convergência das horas.
Guardaria as palavras sufocadas por um qualquer espectro de raiva surda, conceder-lhes-ia o sopro da eternidade e tornaria a dar-lhes a vida que brotaria das minhas mãos. Juntaria as letras como quem junta passos desconhecidos ao longo do caminho que a tarde percorre até se diluir no infinito dos sentimentos. Esculpiria palavras de gesso para as tornar reais e no momento em que elas me faltassem, aproximar-me-ia e escolhia um pouco mais de amor.
Guardaria as palavras sufocadas por um qualquer espectro de raiva surda, conceder-lhes-ia o sopro da eternidade e tornaria a dar-lhes a vida que brotaria das minhas mãos. Juntaria as letras como quem junta passos desconhecidos ao longo do caminho que a tarde percorre até se diluir no infinito dos sentimentos. Esculpiria palavras de gesso para as tornar reais e no momento em que elas me faltassem, aproximar-me-ia e escolhia um pouco mais de amor.
se as palavras fossem reais ficávamos vulneráveis a toda a gente, porque as palavras aproximar-se-iam de nós, conforme o que sentíamos.
bom ponto de vista.
deixei-te um desafio no meu blog :]
um abraço
Posted by Miguel | 11:05 am
adorei o texto!!!
boa anologia
Parabéns,
ok, ´tou orgulhoso! muito bonito!!
Posted by JoaquimGilVaz | 4:56 pm
não, tu nunca fazes isso....
não é do amago do teu ser nem nada....nas entranhas do teu self...
Posted by JoaquimGilVaz | 9:22 pm
As palavras ressurgirem em moldes de gesso sugeriu-me uma sensação de sufoco, no entanto diluída mais para o fim do texto. Gostei muito!
Posted by MK | 11:17 pm
As palavras já tem vida própria... e já são reais... Elas são palpáveis naquilo que sentimos e que não vemos.
A ruindade está cada vez melhor será que és como o vinho do Porto?!
:P
;)
A Polegar
Posted by Mãozinhas | 2:31 pm