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Sunday, September 18, 2005 

Revelações obscuras...

Múltiplos focos de luz que se erguem. Trago em mim a emergência de tochas e de archotes colocados lado a lado e alimento as distâncias com lampiões incógnitos. E quando te despedes dos passos que me diriges, revisito o meu Olimpo pagão e revisto-me de uma luz intensa com o intuito de te deter. Então de todas as luzes congrego uma luz incandescente e emanam de mim chamas que repelem qualquer tentativa de aproximação tua. Porque enquanto houver luz sei que apenas conhecerás o que eu te permitir.
Pára de procurar. Não te aproximes mais. Pára de querer descobrir em mim o que eu não possuo. Não há amor em mim, não há esse amor em mim. Há muito que o abandonei. Porque neste jogo de luzes, tu não conheces senão aquilo que se revela em cúmplices ilusões e máscaras falaciosas de interiores.
Quando as luzes se apagam todas as minhas fragilidades são expostas, a tua falta grita-me por dentro e tu acabas por me procurar. Eu entrego-me a mais uma fuga desesperada e finjo não dar pela tua presença. Deixas que os olhos se habituem à escuridão que há em mim e percorres o meu rosto com a mão, como se me desvendasses os segredos pelo toque. E não há amor em mim.

humm...gostei muito do teu post.. apesar de n conseguir explicar mto bem, axo que me senti identificada... no fundo todos nos identificamos um pouco com o que escreves-t porque todos temos um lado escuro da face (o lado lunar) no qual temos medo de dar a conhecer...No fundo, todos temos medo de amar, ou será medo de querer amar e não amar?

fura_Bolos

Há de certo um amor em ti, só teu, poderá haver quem não entenda esse teu amor, mas isso não te faz nem pode afirmar que não o possuis, o amor é subjectivo, estranho e imenso, cada um tem o seu.
eu compreendo o que queres dizer no post, eu também me revi em muitas palavras, mas o que é verídico é que mesmo eu sentido por vezes o mesmo sei que haverá sempre uma escapatória por mais pequena que seja.
Mas é de facto louvavel a forma como escreves, mais uma vez parabéns...

Quem escreve com esta alma só pode ter muito amor para dar.
Outro texto espectacular, voa-se nas tuas palavras.
Boa semana
Beijo grande

todos acabamos por querer esse afastamento quando sentimos que não há amor em nós, quando a exaustão de desilusões nos leva a procurar outras maneiras de realização.

um abraço

A distancia é sempre medida entre dois pontos. Tu e quem te procura ou procuras. Que o archote te ilumine.



gostei do blog.


um abraço

Mas torna-se tão mais fácil quando somos transparentes, não é? mais uma vez gostei das tuas palavras.
*

sempre tao bem escritos os teus textos!!
*

Isto é mesmo um corre corre, ou por andar a tras ou por andar a fugir...
Indentifico-me com o que escreves ;)

Bjs **

Mais uma vez gostei muito do teu texto, Walter. As palavras jogam na perfeição umas com as outras :) Continua! Mas não haverá amor em ti? Eu tenho a certeza que há.

Um abraço

Não existe luz? Que obscura revelação te invade o pensamento? Que necessidade te consome na escuridão? Que ausência te torna o olhar sem brilho? Quem te invade a razão e não se faz indiferença?
É o Amor...por caminhos diferentes, definições proprias...mas é Amor.
Muito bonito...um abraço

Posso discordar? Eu acho que há muito amor em ti, senão não terias sido iluminado o suficiente para escrever esse texto. Posso crer que não querias que haja amor, ou que não admitas a sua existência, mas ele está aí e, se for sempre libertado, nunca será sofrimento, porque o amor é liberdade e a libertação de tudo aquilo que te faz pensar que morreu, não exite, não queres, não querem...
:)

Porque agradeces aquilo que mereces?
Sou apenas alguém que, espontaneamente, diz o que pensa e fala do que a leitura destes textos lhe faz sentir...
Um sorriso para ti que escreves intensamente, assim como tudo se quer ao se desejar...

Há amor em ti, sim senhor! Tens é que aprender a deixá-lo transbordar e não o prender em redomas de lógicas e de regras.
E tu és capaz disso... Quem consegue fazer um farol de múltiplas luzes também será capaz de iluminar-se a si próprio e aos outros com raios de amores.
Sentido e brutalmente bem construído o texto (pelo menos para mim...).

Abraço. "Etilizado". Martim.

PS: eu nem me lembro do caminho para casa!!! E a culpa é do "Toledo" LOL

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