Uma outra página em branco...
Uma página branca como tantas outras, como todas as outras. Passeei o olhar por ela, um olhar vago e perdido naquela imensidão penetrante, alva e obscura, naquela página onde as palavras se traduziram no desencontro do papel com o sentir. Estendi-lhe a mão e deixei que os meus dedos fossem envolvidos pelo silêncio desconhecido que se instalou entre nós, naquele instante em que o tempo foi desigual.
Uma página branca que se desconhece entre as demais, sendo reconhecida pela violência com que desfere os golpes que rasgam os silêncios eternizados em imagens e momentos. Desviei o olhar e folheei esta página. Uma nova página se sucedeu numa corrente incontrolável de ameaças veladas. E tantas vezes somos mais uma página em branco que folheamos displicentemente. E essa certeza dói! O que esconde esta página que não se deixa escrever?
Uma página branca que se desconhece entre as demais, sendo reconhecida pela violência com que desfere os golpes que rasgam os silêncios eternizados em imagens e momentos. Desviei o olhar e folheei esta página. Uma nova página se sucedeu numa corrente incontrolável de ameaças veladas. E tantas vezes somos mais uma página em branco que folheamos displicentemente. E essa certeza dói! O que esconde esta página que não se deixa escrever?
é o que já se ouvi dizer muita vezes. ao viver, escrevemos páginas, mesmo que sejam em branco, foram escritas pelo nosso não querer.
um abraço
Posted by Miguel | 3:22 pm